Etarismo: como a mulher madura pode enfrentar e resgatar o seu valor

Etarismo: como a mulher madura pode enfrentar a discriminação e resgatar o seu valor

O etarismo contra a mulher é um dos preconceitos mais invisíveis e prejudiciais que existem na sociedade moderna. Enquanto a juventude é exaltada e a velhice muitas vezes é considerada sinônimo de inutilidade ou declínio, muitas mulheres se veem sendo marginalizadas apenas por envelhecerem. Essa postura, infelizmente, não é apenas uma questão de aparência, mas de oportunidades, autoestima e, muitas vezes, até da própria felicidade.

Infelizmente, o etarismo contra a mulher é um reflexo de uma sociedade que valoriza a juventude de forma distorcida, especialmente no que diz respeito à beleza e ao papel social das mulheres. Essa invisibilidade e desvalorização da mulher madura, que deve ser uma fase de empoderamento e autoconhecimento, acaba minando a autoestima e as oportunidades profissionais de muitas.

Envelhecer deveria ser motivo de celebração, mas, muitas vezes, se torna um desafio para aquelas que tentam viver sem as amarras de um mundo que valoriza mais a aparência do que a essência. Por isso, queremos entender como o etarismo contra a mulher se manifesta, as suas consequências e, principalmente, como podemos enfrentar esse preconceito.

Se você se sente incompreendida ou desvalorizada por conta da sua idade, este é o momento de refletir sobre como podemos ressignificar o envelhecimento e, assim, viver com mais confiança e liberdade.

O que é o etarismo?

O etarismo é uma forma de preconceito que desvaloriza as pessoas com base na sua idade, e a mulher é, sem dúvida, uma das maiores vítimas dessa prática. Este termo abrange atitudes, comportamentos e crenças que desqualificam a mulher à medida que ela envelhece. Embora o etarismo possa afetar todos, ele tem uma carga ainda maior sobre as mulheres, uma vez que, culturalmente, o envelhecimento feminino é muitas vezes visto de forma negativa.

O etarismo contra a mulher não se limita à simples ideia de que a idade está relacionada à perda de valor ou beleza. Ele se estende ao campo profissional, social e até familiar, onde a mulher pode ser julgada por sua aparência, habilidades e até mesmo por sua capacidade de se adaptar às mudanças. As mulheres maduras, muitas vezes, são vistas como desatualizadas, menos interessantes e, até mesmo, menos produtivas, quando na verdade possuem uma enorme experiência e sabedoria para oferecer.

O etarismo contra a mulher, portanto, é mais do que um conceito abstrato: ele afeta a vida de muitas mulheres de forma concreta, influenciando sua autoestima, relações e até mesmo sua saúde mental. Para combater esse preconceito, é necessário entender suas manifestações e as formas de enfrentá-lo.

Como o etarismo se manifesta?

O etarismo contra a mulher se manifesta de diversas maneiras, e pode ser tanto explícito quanto velado. No trabalho, por exemplo, muitas mulheres enfrentam dificuldades para conseguir novas oportunidades ou se manter em cargos de liderança depois de uma certa idade. Existe uma ideia preconcebida de que mulheres mais velhas são menos dinâmicas ou adaptáveis, algo que é completamente falso.

Muitas mulheres, aliás, possuem uma visão de mundo muito mais rica e experiência profissional que poderia beneficiar qualquer ambiente de trabalho.

No âmbito social e familiar, o etarismo se apresenta quando as mulheres, após uma certa idade, começam a ser invisibilizadas. Elas podem ser ignoradas em eventos sociais, ou sua presença ser minimizada por causa da ideia de que já não têm tanto a oferecer. Além disso, há a pressão da mídia, que exalta a juventude e coloca as mulheres maduras em papéis secundários.

Essa representação distorcida contribui para que as mulheres se sintam desvalorizadas e pressionadas a “se manter jovens” a qualquer custo, muitas vezes em detrimento de sua saúde mental e física.

A manifestação do etarismo pode, inclusive, chegar de dentro de casa. Muitas mulheres enfrentam expectativas sociais em relação ao que é esperado delas conforme envelhecem, como ser avós dedicadas ou abandonar suas próprias ambições. Isso coloca uma enorme pressão para que a mulher se ajuste ao estereótipo de “boa avó” ou “mãe de família”, em detrimento de seu próprio desejo de explorar novas fases da vida com liberdade e empoderamento.

Consequências do etarismo

As consequências do etarismo contra a mulher são profundas e afetam vários aspectos da sua vida. A primeira grande consequência é a perda de autoestima. Muitas mulheres, ao se depararem com a ideia de que estão envelhecendo e sendo desvalorizadas, começam a questionar seu próprio valor. Isso pode levar a um ciclo de autocrítica e insegurança, prejudicando a saúde mental.

Além disso, o etarismo contra a mulher pode resultar em isolamento social e profissional. Mulheres maduras, que muitas vezes têm muito a oferecer, podem ser deixadas de lado ou ignoradas em oportunidades que, de fato, poderiam conquistar facilmente. A exclusão das mulheres mais velhas do mercado de trabalho ou de outras áreas da vida, como a mídia e a política, reforça a ideia de que a idade é um impeditivo para o sucesso e a felicidade.

Por fim, o etarismo pode levar à aceitação de padrões estéticos prejudiciais, com a mulher sendo pressionada a se submeter a tratamentos para “reverter” o envelhecimento. Isso não só tem impactos financeiros, mas também emocionais e físicos. Muitas mulheres passam a gastar uma quantidade exorbitante de tempo e recursos tentando alcançar um ideal de juventude impossível, quando, na verdade, o que deveria ser celebrado é a beleza da experiência e da sabedoria adquiridas ao longo dos anos.

Impactos no mercado de trabalho

No mercado de trabalho, o etarismo contra a mulher pode ser devastador. As mulheres mais velhas enfrentam uma enorme dificuldade em se manter no mercado de trabalho, especialmente em indústrias onde a “juventude” é considerada um valor essencial. A discriminação etária pode aparecer de diversas formas, como falta de oportunidades de crescimento, preconceitos na hora da contratação e uma subvalorização das competências adquiridas ao longo da carreira.

Para combater isso, é fundamental que as mulheres invistam no seu autodesenvolvimento e busquem formas de se manterem atualizadas. Participar de cursos, desenvolver novas habilidades e se abrir para novas experiências são maneiras eficazes de mostrar que a experiência não significa estagnação. Além disso, é importante que as mulheres se unam e criem redes de apoio que fortaleçam a presença da mulher madura em todos os espaços, promovendo um ambiente de respeito e valorização da diversidade de idades.

Como envelhecer de maneira saudável?

Envelhecer de maneira saudável envolve tanto o cuidado físico quanto emocional. Isso significa investir em práticas que mantenham o corpo ativo e saudável, como exercícios físicos regulares, uma alimentação equilibrada e cuidados com a saúde. Além disso, o envelhecimento saudável também passa pelo cuidado com a mente: buscar novos aprendizados, manter-se curiosa e não ter medo de explorar novas paixões e interesses.

O autocuidado é fundamental. Além de cuidar do corpo, a mulher deve investir em sua saúde emocional, cultivando relacionamentos que a nutram e evitando ambientes tóxicos. A prática da gratidão, da meditação e do autoconhecimento são formas poderosas de lidar com o etarismo contra a mulher, ressignificando a velhice como uma fase de empoderamento.

Ressignificar a velhice feminina

Ressignificar a velhice feminina é crucial para romper com as barreiras do etarismo e construir uma sociedade mais inclusiva e respeitosa com as mulheres maduras. Ao longo da vida, as mulheres enfrentam desafios impostos por padrões de beleza e expectativas sociais que associam a juventude ao valor e à relevância.

No entanto, a maturidade traz consigo uma riqueza inestimável de experiências, sabedoria e autoconfiança que merecem ser celebradas. Ao repensar o envelhecimento, podemos mudar a narrativa que coloca a mulher madura à margem e passar a valorizá-la pelo seu conhecimento, força e contribuições.

A transformação do olhar sobre a velhice feminina também é uma questão de autoestima. Quando as mulheres passam a enxergar o envelhecimento como um processo natural de crescimento, e não como uma perda de algo, elas se libertam das amarras do julgamento social e abraçam sua própria beleza.

Isso envolve a aceitação dos próprios corpos, das marcas do tempo e das mudanças emocionais e psicológicas que o envelhecimento traz. Ressignificar a velhice feminina é, portanto, um caminho para que as mulheres se sintam empoderadas, confiantes e felizes em cada etapa da vida.

Além disso, ao ressignificar o envelhecimento feminino, contribuímos para a criação de um futuro mais igualitário, onde as mulheres não são definidas apenas pela sua aparência ou juventude. Ao valorizar as diversas fases da vida, especialmente a maturidade, podemos criar uma cultura que reconhece o potencial das mulheres em todas as idades.

Isso fortalece as mulheres e as coloca como protagonistas de suas próprias histórias, provando que a verdadeira beleza reside na autenticidade, na experiência e na capacidade de se reinventar a cada nova etapa da vida.

Vamos juntas mudar essa realidade

O etarismo contra a mulher é uma realidade dolorosa, mas que podemos mudar juntas. Ao respeitar e abraçar o envelhecimento, podemos resgatar o nosso valor e conquistar, cada vez mais, espaços de poder, respeito e felicidade. 

O envelhecimento é, na verdade, um reflexo da vida vivida com intensidade, experiência e amor. Vamos juntas transformar o etarismo em um movimento de empoderamento, ressignificando a velhice e celebrando a mulher madura em sua melhor versão.

 

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