Yoga pode ser melhor aliado das mulheres durante o climatério e a menopausa

Yoga no climatério

Você já acordou no meio da madrugada com uma angústia sem nome, o coração acelerado e a mente agitada, mesmo sem nenhum problema concreto acontecendo? Ou sentiu suas articulações travadas, sua memória falhando, sua paciência esgotada… e ninguém à sua volta parecia entender?

Se você está vivendo o climatério, sabe que essa fase pode trazer uma avalanche de sintomas físicos e emocionais que abalam a autoestima, a energia e até o prazer em viver. E talvez nunca te tenham contado que o Yoga pode ser um dos caminhos mais potentes e gentis para atravessar esse período com mais equilíbrio, presença e bem-estar.

Eu mesma só compreendi o poder do Yoga na maturidade. Antes, era só uma aula esporádica entre uma obrigação e outra. Mas hoje, no meio da rotina intensa de treinos funcionais e da canoa havaiana, é no Yoga que encontro acolhimento. É ali, no silêncio do tapetinho, que dou espaço para tudo o que sinto — e me reconecto comigo.

Durante o climatério, o Yoga atua diretamente nas dores mais comuns dessa fase:

  • As posturas ajudam a aliviar dores articulares e musculares;

  • Os exercícios de respiração (pranayamas) acalmam a ansiedade e ajudam a dormir melhor;

  • A meditação e o foco no presente melhoram a memória e reduzem o cansaço mental;

  • E o tempo de introspecção fortalece a autoestima, que tantas vezes fica abalada.

O que o Yoga faz é devolver à mulher algo essencial nessa transição: autonomia sobre seu corpo e suas emoções. Ele nos ensina a ouvir os sinais do corpo com mais atenção, sem julgamento. Nos lembra que o autocuidado não é luxo — é urgência. E que desacelerar pode ser exatamente o que precisamos para atravessar essa fase com mais leveza.

 

Benefícios do Yoga para a mulher madura

O Yoga não é apenas uma prática física. Ele é um convite diário à presença, ao autocuidado e ao reconhecimento da própria força — especialmente necessário para a mulher que vive a maturidade. 

Nesse ciclo da vida, onde o corpo muda, os hormônios oscilam e a mente tantas vezes se perde entre cansaço e autocobrança, o Yoga oferece um espaço de reconexão. Abaixo, aprofundo alguns dos benefícios mais significativos dessa prática na maturidade:

Melhora da flexibilidade e do equilíbrio

Com o passar dos anos, a rigidez corporal aumenta e o equilíbrio pode se tornar um desafio — o que eleva o risco de quedas e limitações. As posturas de Yoga, que trabalham o alongamento gradual e consciente, ajudam a manter as articulações mais soltas e a musculatura ativa. O equilíbrio, tão afetado na menopausa por alterações hormonais e neurológicas, é estimulado com segurança, promovendo mais estabilidade física e autoconfiança nos movimentos do dia a dia.

Fortalecimento da musculatura

A perda de massa muscular é comum com o envelhecimento, e a prática do Yoga atua na sustentação do corpo com o próprio peso, ativando diversos grupos musculares sem impacto. Isso é especialmente importante para proteger as articulações, manter a autonomia nos movimentos e evitar dores que muitas vezes são normalizadas, mas não precisam fazer parte da rotina da mulher madura.

Melhora da respiração e da vitalidade

Na correria, muitas de nós respiramos de forma superficial, acelerada e inconsciente. O Yoga ensina a respirar com profundidade e presença. Técnicas como o pranayama não apenas oxigenam melhor o corpo, como também reduzem sintomas como falta de ar, palpitações, estresse e até as famosas ondas de calor. Respirar bem é recuperar energia vital — algo que o climatério pode drenar, mas que pode ser reconquistado com a prática constante.

Redução do estresse, ansiedade e irritabilidade

As alterações hormonais do climatério afetam diretamente o humor e a estabilidade emocional. A mulher pode se sentir mais ansiosa, impaciente, com uma tristeza que não entende bem de onde vem. O Yoga oferece práticas que atuam diretamente no sistema nervoso parassimpático — aquele responsável pela sensação de calma e relaxamento. A combinação de posturas suaves, respiração e meditação cria um ambiente interno de segurança e tranquilidade, algo essencial nessa fase tão sensível.

Aumento da concentração e clareza mental

Muitas mulheres se queixam da “névoa mental” durante o climatério — aquela sensação de estar esquecendo tudo, de não conseguir manter o foco. A atenção plena desenvolvida na prática do Yoga treina o cérebro a se manter no presente, o que contribui para melhorar a memória, a concentração e a performance mental de forma geral.

Prevenção de quedas e melhora da coordenação motora

Com o avanço da idade, o corpo precisa de estímulos regulares para manter o senso de orientação e coordenação. As posturas de equilíbrio, mesmo as mais simples, reeducam o cérebro e o corpo a trabalharem em conjunto. Isso previne quedas, aumenta a sensação de segurança nos movimentos e fortalece a relação da mulher com seu corpo em transformação.

Regulação da pressão arterial e saúde cardiovascular

Estudos apontam que práticas regulares de Yoga ajudam a diminuir a pressão arterial e os batimentos cardíacos em repouso. Para mulheres que enfrentam oscilações hormonais e aumento do risco cardiovascular após a menopausa, o Yoga é uma aliada poderosa na prevenção e manutenção da saúde do coração.

Melhora da postura e alívio de dores crônicas

Posturas como a do guerreiro, da montanha ou do cachorro olhando para baixo ajudam a alinhar a coluna e a fortalecer o core (músculos centrais). Com isso, a mulher desenvolve mais consciência postural e reduz dores nas costas, no pescoço e em outras regiões tensionadas pelo estresse e pela rotina.

Promoção da saúde mental e emocional

A prática regular do Yoga não apenas reduz os sintomas de ansiedade e depressão, como também promove sentimentos de contentamento, pertencimento e propósito. A mulher madura se vê, muitas vezes, atravessando uma fase de redefinições — e o Yoga pode ser uma fonte de apoio nesse processo de autodescoberta e renovação de identidade.

Aumento da consciência corporal e emocional

O Yoga nos convida, dia após dia, a voltar a habitar o corpo com mais escuta, aceitação e respeito. Essa escuta se estende também ao emocional: reconhecemos nossas emoções, sem precisar negá-las ou reprimi-las. Passamos a entender nossos ciclos internos com mais compaixão — algo libertador na jornada da maturidade.

 

O espaço e a condução certa fazem toda a diferença

Nem toda aula de Yoga é igual. Nem todo instrutor vai falar com a sua alma. E isso é algo que aprendi com o tempo — e com o corpo.

O Yoga exige entrega. E essa entrega só acontece quando você se sente segura, acolhida e respeitada no espaço em que está. Já experimentei aulas com diversos instrutores, cada um com seu estilo, sua proposta. E embora todos tenham algo a oferecer, percebi que o que mais me toca é quando a condução também vem de um lugar de escuta e conexão genuína.

Hoje, encontrei esse lugar nas aulas da professora Vanessa Furian. Sua prática tem uma energia profundamente voltada para o feminino. Há uma delicadeza na forma como ela conduz, uma sensibilidade que se conecta aos ciclos da mulher, à natureza e àquilo que sentimos — mas nem sempre conseguimos nomear.

As aulas da Vanessa são um convite para reconectar os sentidos, para perceber o corpo não só como estrutura física, mas como território vivo, afetivo, em constante transformação. Ela incorpora os ciclos lunares, os elementos da natureza, e conduz cada prática com intuição, conhecimento e alma. E isso faz toda a diferença.

Especialmente para nós, mulheres na maturidade, que carregamos histórias no corpo, memórias nas articulações, emoções guardadas no peito. Estar em um ambiente onde você se sente bem, com uma instrutora que respeita suas necessidades e estimula a sua escuta interna, transforma a prática em algo muito mais profundo do que “fazer exercícios”. É cura. É reencontro. É colo. Por isso, não tenha medo de procurar. De testar. De dizer “isso não me serve” e continuar buscando até encontrar um espaço onde seu corpo e sua alma possam respirar juntas.

 

Permita-se experimentar esse autocuidado

Vejo muitas mulheres maduras torcendo o nariz para o Yoga. Acham que é lento demais, que “não é pra quem gosta de atividade”, que “não combina com seu estilo”. E eu entendo. Vivemos em um ritmo acelerado e parar parece perda de tempo. Mas o que poucas percebem é que essa pausa é justamente o que o corpo e a mente estão pedindo.

Sim, o Yoga é mais devagar. Sim, ele convida ao silêncio. E talvez justamente por isso ele funcione tão bem no climatério. Porque não é sobre competir com o tempo ou com o corpo de vinte anos atrás. É sobre se entregar — e isso exige coragem.

É preciso deixar os pensamentos do dia, as listas de afazeres e até as culpas fora do tapetinho. Só assim você consegue se conectar de verdade com o que sente, com quem você é agora, e aproveitar tudo o que a prática tem a oferecer.

E não se engane: Yoga não é “só alongar”. Ele fortalece, equilibra, ensina disciplina e pede presença. Ele vai te desafiar — mas num lugar seguro, amoroso e sem julgamento. Vai mostrar que o autocuidado começa quando você decide se priorizar.

Se você está nessa fase de mudanças — de corpo, de humor, de vida — o Yoga pode te oferecer exatamente o que você precisa: um caminho de autocuidado, equilíbrio e amor próprio.
O climatério marca o fim de um ciclo, mas também o começo de outro. É tempo de se acolher, de se reconectar com quem você é agora — e não com a mulher que foi. E o Yoga pode ser esse espaço seguro, onde corpo e alma se reencontram.

Você não precisa enfrentar o climatério sozinha. Nem precisa “aguentar firme” todos os sintomas em silêncio. Há caminhos de cuidado que acolhem, equilibram e fortalecem. E o Yoga é um deles.

Seu corpo merece. Sua mente precisa. Seu coração vai agradecer. Você merece viver essa fase com presença e leveza. Que tal dar o primeiro passo? Busque um estúdio perto de sua casa ou até mesmo aulas on-line. Experimente!

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